Lord Kelvin, criou o método para medir os desvios de proporção na composição da luz branca. Por este método, imaginava-se um hipotético objecto totalmente negro (chamado por ele de “corpo negro” , porque absorveria 100% de qualquer luz que incidisse sobre ele) que, ao ser aquecido, passaria a emitir luz. E, além disso, a luz emitida iria mudando gradualmente de cor. A analogia era feita era com um pedaço de ferro, aquecido cada vez mais, o chamado “ferro ao rubro”, inicialmente de cor vermelha, passava por várias tonalidades (amarelo, verde, azul) conforme a temperatura subia mais e mais.
Lord Kelvin criou uma escala de temperaturas e nesta escala determinou que em 1.200 graus o corpo negro adquiriria a tonalidade vermelha. Fez então outras marcações associando temperaturas e cores, criando o que hoje se conhece como a escala Kelvin.
Na ilustração seguinte, que relaciona-se diversas fontes de luz e suas temperaturas, começando pela luz do fogo, cuja temperatura é de 1.200 K (graus Kelvin). As temperaturas vão subindo à medida que sobe-se na escala, de baixo para cima: uma lâmpada doméstica, incandescente, de 40W, emite luz com a temperatura de 2.680 K. Já a iluminação tradicional utilizada em vídeo, para interiores, é de 3.200 K. A seguir encontram-se outros tipos de lâmpadas e luzes (como a da Lua) até chegar-se às temperaturas de 5.600 / 6.000 K, correspondentes à luz do Sol na maior parte do dia (excepto nascer e pôr do Sol).
Ou seja, quanto maior a temperatura, mais "quente" a luz, correcto? Errado. O conceito tradicional em fotografia (e adoptado posteriormente também para o cinema e vídeo) diz que cores ditas "quentes" são as avermelhadas, em analogia com o fogo. E que cores "frias" são as azuladas, em analogia oposta. Só que na nossa escala, quanto maior a temperatura, mais tendendo para o azul é a cor, ou seja, mais "fria" ela é. Assim, quanto mais quente, menor é a temperatura da cor e vice-versa.
Um corpo negro a diferentes temperaturas irradia variadas temperaturas de luz branca, portanto nunca e esquecer que "brancos há muitos".
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