domingo, 7 de novembro de 2010

Aula 10 - Olho humano e cor.

No olho humano, na superfície fotossensível(retina) existem dois tipos de células receptoras: as células cones e os bastonetes, que convertem a energia luminosa em impulsos eléctricos conduzidos ao cérebro através do nervo óptico.
A sensibilidade destas células receptoras à luz é variável. Os bastonetes são mais sensíveis à luz, sendo responsáveis pela visão em condições de baixa luminosidade, enquanto que as células cones estão mais adaptados à luminosidade da luz do dia, sendo igualmente responsáveis pela visão da cor e do contraste.
A presença de três tipos diferenciados de células cone é uma característica dos primatas, dado que os mamíferos em geral possuem apenas dois tipos destas células receptoras. Esta adaptação evolutiva possibilita a percepção de maior informação sobre cores, melhorando igualmente a percepção de contrastes.

Existem cerca de 125 milhões de bastonetes em cada olho, espalhados sobre a maior parte da retina. Sua sensibilidade à luz é 100 vezes maior do que a dos cones.
Existem cerca de 7 milhões de cones em cada olho. Eles são menos e mais espessos do que os bastonetes, reagindo à luz quatro vezes mais rápido. Há três tipos de cone, cada um deles contendo um pigmento visual diferente, que responde à luz de um comprimento de onda diferente. Um responde a ondas longas (cores vermelhas), outro a ondas médias (cores amarelas e verdes) e um terceiro a ondas curtas (cores azuis e violeta).
Perto do centro, no fundo da retina, há uma área muito sensível chamada fóvea ou mancha amarela, com cerca de 1 mm de diâmetro. Aí não existem bastonetes, e os cones são mais estreitos e estão mais juntos. Quando nós olhamos de frente para um objecto, a imagem cai sobre a fóvea, onde a visão é precolorida. O cérebro recebe mais informações da fóvea do que de todo o resto da retina. Fora da fóvea, a retina contém principalmente bastonetes, A visão que vem dessa área é menos precisa e em “preto e branco” (tons de cinza).
Cada um dos cones é especializado em comprimentos de luz curtos (S), médios (M) ou longos (L). O conjunto de sinais possíveis dos três tipos de cones define a gama de cores que conseguimos ver. O exemplo abaixo ilustra a sensibilidade relativa de cada um dos tipos de células cone para todo o espectro de luz visível de 400nm a 700 nm.

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